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O crime que chocou o país em 28 de janeiro de 2004, o assassinato de três auditores fiscais do Ministério do Trabalho que investigavam denúncias de trabalho escravo em Unaí, no noroeste de Minas Gerais, segue como uma ferida aberta.

A tragédia impulsionou a votação da proposta que viria a ser PEC do Trabalho Escravo e mais tarde a Emenda Constitucional 81/2014, com o apoio do governo Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores.

Recebida como um avanço civilizatório no Brasil e construída a partir do conceito contido no artigo 149 do Código Penal que define o que é trabalho escravo, a EC 81 prevê a expropriação de terras dos fazendeiros que praticam a escravidão do trabalho. A proposta não tem chance alguma de ser regulamentada por um governo que facilita essa prática abominável de exploração.

 

Na verdade, em face do crescente aumento de denúncias de violação dos direitos humanos, entre eles o direito ao trabalho, a triste conclusão é de que foi abolido apenas o direito de propriedade sobre outra pessoa, visto que muitos trabalhadores ainda estão sujeitos a essa forma vergonhosa de trabalho nos dias atuais.