Em encontros com movimentos sociais e lideranças políticas em Porto Alegre, na última sexta (29), Patrus destacou a importância de discutir a tomada do Estado e seus recursos por interesses privados. Esse movimento, iniciado a partir do golpe do impeachment de 2016, está sendo aprofundado no governo de Jair Bolsonaro.
“Há uma disputa pelos recursos públicos, os recursos do Estado, que se concretiza com a reforma trabalhista e a proposta da reforma da Previdência, com o modelo de capitalização que favorece os bancos”, alertou Patrus.
Num encontro com lideranças e militantes do PT, o deputado apontou caminhos para resistir à trágica reforma da Previdência, proposta pelo governo Bolsonaro.
“Nós temos 513 deputados na Câmara, a maioria de direita, conservadora. Mas por interesses eleitorais, eles são sensíveis à opinião pública. Se já sentem que seu eleitorado está se posicionando contra a reforma da Previdência, eles ficam mais fragilizados, mais em dúvida sobre o apoio à proposta do governo”, afirmou.
“Penso que a nossa resistência é um pé em Brasília e um pé na estrada. Ir para as ruas, para os movimentos. Fazer um trabalho de esclarecimento, sensibilizando e esclarecendo as pessoas sobre essa reforma”, acrescentou Patrus.
“Para enfrentarmos este momento, precisamos unificar todas as lutas contra o racismo, a questão das mulheres, a discriminação de gênero, pois temos que unificá-las em torno de alguns valores que coesionam, como a democracia, a justiça social e a derrota deste trágico projeto que hoje está se impondo no país”.
“Temos que continuar construindo o nosso socialismo democrático, libertário, nacionalista e terceiro mundista. Não é uma tarefa fácil. Tem uma questão que nós temos que enfrentar: como conciliar estado democrático de direito com a economia de mercado, a livre iniciativa, o direito de propriedade, mas com as exigências superiores do direito à vida, do bem comum e do interesse público”, acrescentou Patrus.
Conscientização e defesa da agricultura saudável
Em encontro com as lideranças da Setorial Agrária do PT, Patrus falou sobre o grande desafio dos mandatos federais, estaduais e movimentos sociais de levar o debate a todas as regiões do Estado, em torno de uma pauta de consenso sobre as questões cotidianas das comunidades que têm sistema de produção em comum.
“Patrus trouxe uma importante contribuição quando destaca, além dos temas mais estruturantes, como a questão da reforma da Previdência, a democracia ameaçada simbolizada pela questão do Lula Livre, as questões do cotidiano, como a da água, dos agrotóxicos, da agroecologia”, observou Gerson Madruga, Coordenador da Setorial Agrária (PT/RS).
Em entrevista ao jornalista e escritor Juremir Machado no programa Esfera Pública da Rádio Guaíba, Patrus falou sobre o desmonte das políticas públicas pelo governo Bolsonaro e a proposta de reforma da Previdência, um retrocesso para os brasileiros. Em seguida, Patrus se encontrou com os ex-governadores e ex-ministros do governo Lula, Tarso Genro e Olívio Dutra. Nos dois encontros, analisaram a atual conjuntura política.