Posts recentes

Patrus Ananias

O governo golpista deu continuidade nesta sexta-feira, 17, à escalada de devastação a que vem submetendo as estruturas públicas e, de modo mais grave, aquelas que formulam e executam políticas favoráveis às populações trabalhadoras e pobres do Brasil.

Hoje a sanha destruidora dos golpistas consuma o desmonte do Ministério do Desenvolvimento Agrário pela exoneração de mais 66 diretores, assessores e delegados do MDA nos estados. O mais recente golpe do governo provisório contra a agricultura familiar e a reforma agrária eleva a quase uma centena o total de profissionais, de diferentes escalões, dispensado do MDA desde a instalação do governo provisório e da gestão ruinosa que inaugurou e mantém em curso.
A continuidade do desmonte do MDA responde, ao modo arbitrário e antidemocrático dos golpistas, uma das maiores mobilizações articuladas na história recente pela Contag, nesta semana, precisamente em protesto contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Na quinta-feira, em discurso ao plenário da Câmara, assinalei que o governo provisório já acumula um elenco pernicioso de ações de desserviço à agricultura familiar e ao país: além de extinguir o ministério, retirou de imediato 170 milhões do PAA, primeira parcela dos 500 milhões autorizados pela presidenta Dilma quando do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016-2017, que já estavam empenhados na Companhia Nacional de Abastecimento – a CONAB, órgão fundamental para o desenvolvimento da agricultura familiar brasileira e para assegurar o direito à alimentação da nossa gente. A CONAB também está condenada pelo governo golpista, senão à extinção, ao esquecimento e ao abandono.
O programa Mais Gestão, de apoio ao cooperativismo, teve rescindidos os contratos de assistência técnica penalizando quase mil empreendimentos e 170 mil famílias.
O governo golpista também baixou portaria cancelando programas de habitação através de entidades vinculadas ao Minha Casa Minha Vida Rural.  
Em face dessa operação de desmonte do Estado nacional brasileiro pela desconstrução das políticas públicas de inclusão, cabe às forças comprometidas com a democracia e a justiça social nos unirmos para resistirmos ao retrocesso e retomarmos o caminho de afirmação da dignidade do povo brasileiro.