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A Declaração Universal dos Direitos Humanos chega hoje, sempre muito jovem, aos 65 anos com uma esplêndida trajetória. Tornou-se uma inspiração e uma referência prática para muitas constituições e leis que vieram depois, inclusive a constituição da República Federativa do Brasil, que completou, no último dia 05 de outubro, 25 anos, de boa e fecunda existência.

Na luta que travamos contra a ditadura e pelos avanços sociais no Brasil, a Declaração foi sempre um instrumento que utilizamos para embasar as nossas causas e compromissos. Ela nos propõe uma síntese fundamental para construirmos os caminhos do futuro: o encontro entre os direitos individuais, os direitos políticos e os direitos sociais. Na prática a confluência dessas vertentes que promovem a dignidade da pessoa humana, a justiça social e o bem comum nem sempre é fácil. Alguns exemplos: como compatibilizar com eficácia o direito de propriedade com o direito à vida e o princípio da função social da propriedade? O direito à privacidade e os outros direitos correlatos que muitas vezes conflitam com as ações que visam combater a corrupção e outras formas de criminalidade como a violência e o chamado crime organizado?

Mas é exatamente por suscitar essas reflexões e a busca de respostas justas na perspectiva de uma melhor convivência humana que a Declaração Universal dos Direitos Humanos preserva a sua força moral e a sua perene juventude.

Um desafio para as pessoas de boa vontade: ler, estudar, vivenciar e divulgar os 30 artigos da Declaração.