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No último dia 20 de outubro o programa Bolsa Família completou nove anos. Eu era deputado federal, quando nós aprovamos a medida provisória que instituiu o programa. Em janeiro de 2004, três meses depois, o Bolsa Família ganhou força e superou os desafios iniciais com a criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que eu assumi a pedido do presidente Lula.

A partir de então o programa passou a interagir com outras ações e políticas públicas sociais que lhe deram suporte e apoio. De um lado, os SUAS – Sistema Único da Assistência Social – que implantamos no Ministério e a integração do com o PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que foi uma das primeiras iniciativas que tomamos, com muito êxito.

Depois promovemos a sua integração com os CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, equipamentos implantados nas comunidades mais pobres onde trabalham psicólogos e assistentes sociais, com a missão de ajudar no processo de desenvolvimento e emancipação das famílias que recebem o benefício.

De outro lado, o Bolsa Família estabeleceu vínculos com as políticas públicas de segurança alimentar e nutricional – o Fome Zero, também vinculadas ao nosso Ministério. Assim, os restaurantes populares, as cozinhas comunitárias e os bancos de alimentos ajudam a melhorar as condições de alimentação das famílias mais pobres.

Na mesma linha, o PAA – Programa de Apoio à Agricultura Familiar – dando apoio aos pequenos produtores, comprando-lhes a produção por preço justo e encaminhando esses produtos para famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e para a merenda escolar, melhorando a qualidade de vida de milhares de brasileiros.

Além do grande impacto social, o Bolsa Família trouxe também um forte estímulo à economia. Na recente campanha para a PBH, pude ver nos bairros e comunidades mais carentes o notável avanço do comércio em todos os setores. Além da conquista dos primeiros direitos constitutivos da cidadania e da dignidade humana, os beneficiários do Bolsa Família, que são aproximadamente 55 milhões de brasileiras e brasileiros, tornaram-se consumidores de bens e serviços básicos. Com isso, nós ampliamos fortemente o mercado interno brasileiro, uma das condições necessárias para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

O Bolsa Família, entre outras conquistas, contribuiu para unir o social e o econômico, mostrando que é preciso incluir para crescer. E eu me sinto extremamente orgulhoso de ter participado ativamente de todo processo.