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Patrus Ananias

O segundo turno das eleições para presidência da Câmara não teve meu voto. Entre os dois candidatos que foram para o segundo turno, não havia opção. De um lado, estava a continuidade de poder de Eduardo Cunha. Do outro, o modelo neoliberal e a caça aos direitos dos trabalhadores como meta principal. Este segundo lado foi o vencedor. O Brasil perdeu, perdemos todos.
Após o primeiro turno em que apoiou a candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI), deputado que foi ministro da Saúde no Governo Dilma e que votou contra o impeachment da presidenta,  a bancada se reuniu e liberou o voto, inclusive para que não se votasse em nenhuma das péssimas opções. Foi o que fiz.
Com vários companheiros, eu me abstive. Consideramos inaceitável a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF), patrocinada por Eduardo Cunha. E igualmente consideramos inaceitável a hipótese de apoiar o candidato Rodrigo Maia, do DEM/RJ, que expressava e expressa o neoliberalismo inteiramente identificado com a operação desmonte que o governo golpista e provisório de Michel Temer está impondo às políticas sociais que desenvolvemos nos governos Lula e Dilma e ainda ao próprio Estado brasileiro.
Por tudo isso, eu e vários companheiros optamos por não votar no segundo turno das eleições para presidente da Câmara.