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Dentro do planejamento de atividades da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, terminei recentemente a releitura de um livro essencial para discutir a questão dos interesses nacionais e da criação de um projeto nacional diante dos dilemas impostos pela entrada do capital estrangeiro.

“Japão: O Capital se faz em casa”, escrito por Barbosa Lima Sobrinho, expoente do nacionalismo brasileiro, retrata o modelo de desenvolvimento adotado com enorme êxito pelo país asiático: por um lado, a aposta no desenvolvimento interno, com o fortalecimento das bases industriais e comerciais nacionais; por outro, a entrada de capital estrangeiro através de empréstimos, para que o país pudesse escolher em quais áreas estratégicas alocar tais recursos.

É nessa direção que pensamos o projeto de país que começa a se formar com os trabalhos da Frente em Defesa da Soberania: estímulo à economia nacional, incentivo a micro, pequenos e médios empresários, foco em desenvolvimento regional/territorial, apoio e estímulo ao cooperativismo e à agricultura familiar.

Precisamos trabalhar as potencialidades das diversas regiões, suas características comuns, estimulando a integração e a sinergia entre elas. E realizar isso em uma ação ampla que traga também a sociedade, os movimentos sociais, e que estimule, a partir disso, empreendedores regionais e apoio às iniciativas locais, à economia solidária e a novas formas de produção.

Na mesma direção, precisamos manter a nacionalização dos serviços básicos. O capital que chega de fora busca apenas sua própria ampliação, seu lucro, que grande parte das vezes retorna ao exterior. Em serviços básicos é necessário um cuidado ainda maior com o o planejamento de longo prazo, com a criação e fortalecimento da estrutura de base, com a qualidade e segurança no atendimento aos brasileiros.

japao

Também é esse o pensamento legado por Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, que foi candidato a vice-presidente na bonita e simbólica “anti-candidatura” de Ulisses Guimarães à presidência do país pelo MDB, em 1973, afrontando a ditadura no poder. Era um pernambucano discreto, aguerrido, homem tolerante e um democrata nacionalista que realmente gostava do Brasil.

Aqui em Minas, o governador Fernando Pimentel tem feito encontros frequentes nas microrregiões do Estado, reunindo lideranças políticas locais, lideranças sociais e empresariais, buscando um caminho de desenvolvimento que vai nessa mesma direção que buscamos para todo o Brasil.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no dia 28 de agosto, faremos o lançamento oficial da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional em MG. Será o momento ideal para debatermos juntos um modelo de desenvolvimento nacionalista para nossa Minas e para todo o país, respeitando e valorizando a diversidade e o potencial de cada uma das regiões.