
De maneira cruel, arbitrária e injusta a Fundação Renova, instituída pela Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, empresas responsáveis pela tragédia criminosa de Mariana (MG), decidiu suspender o pagamento do auxílio financeiro emergencial que vinha sendo pago a milhares de famílias que perderam sua renda e seu sustento pela contaminação das águas do rio Doce.
A ilegal decisão da Renova, que atende aos interesses dessas empresas, revive a tragédia cinco anos depois para milhares de vítimas de um dos mais graves crimes ambientais da nossa história.
É inominável a injustiça que está sendo feita, em plena pandemia do coronavírus. Enquanto os poderosos donos da Vale e seus sócios contam seus bilhões, colocando o lucro acima da vida, é o nosso povo que sofre as consequências de uma tragédia interminável.
A Vale é também responsável pela tragédia criminosa de Brumadinho (MG), que provocou a morte de centenas de pessoas. O relatório final da CPI, que aprovamos na Câmara dos Deputados, pediu o indiciamento de 22 pessoas, e do ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, por homicídio doloso e lesão corporal dolosa e por quatro crimes ambientais.
A Vale tem um enorme débito humano, social e ambiental, pelas mortes provocadas e pelo dano irreparável ao meio ambiente, que contaminou as bacias dos rios Doce e Paraopeba, comprometendo o sustento das populações ribeirinhas.
Participamos desta campanha com os companheiros do Movimento dos Atingidos por Barragens, o MAB, para denunciar publicamente mais esta tragédia de Mariana e reverter mais esta injustiça.