Proposta pelo deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) e apoiada por mais de 200 deputados e 18 senadores, será instalada na próxima quarta-feira, dia 21, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, em meio à adoção de algumas medidas e ao anúncio de uma série de outras, pelo governo e por seus patrocinadores e aliados, consideradas por segmentos do Congresso e da sociedade como atentatórias à soberania do Brasil.
É o caso dos desmontes da Petrobras, da infraestrutura, da pesquisa e da tecnologia; do crescente esvaziamento da indústria nacional; da liberação da venda de terras para estrangeiros; da internacionalização dos serviços públicos essenciais, como saúde e educação; da abertura do país ao oligopólio internacional de sementes e insumos agrícolas; e do retorno do governo brasileiro uma política externa submissa.
O manifesto de criação da Frente, que terá o senador Roberto Requião (PMDB-PR) na presidência e o deputado Patrus Ananias na secretaria-geral, anuncia que suas ações defenderão:
– a exploração eficiente dos recursos minerais, entre eles o petróleo, e a construção de infraestrutura para promoção do desenvolvimento do país;
– a contribuição da agricultura para a alimentação do povo e para as exportações;
– o capital produtivo nacional e um sistema de crédito que o favoreça;
– o emprego e o salário do trabalhador;
– um sistema tributário mais justo;
– a capacitação das forças armadas para a defesa da soberania;
– e uma política externa independente.
A comissão executiva da Frente reúne, além de Requião e Patrus, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), secretário de eventos e mobilização; a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputados Celso Pansera (PMDB-RJ), Afonso Motta (PDT-RS) e Odorico Mon teiro (PSB-CE), vice-presidentes.
O ato de lançamento, na tarde de 21 de junho, terá a participação dos ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim, dois dos signatários originais do Projeto Brasil Nação, que contém cinco propostas econômicas, foi lançado por intelectuais no fim de abril e chegou à metade de junho subscrito na internet por mais de 10 mil pessoas.