Foi com muita emoção que participei como convidado da cerimônia de abertura da Marcha das Margaridas nesta terça, 11, em Brasília. Digo “convidado” por que, embora sentado à mesa destinada às autoridades montada no palco do Estádio Mané Garrincha, as autoridades eram as milhares de agricultoras que vieram à Brasília para a 5ª Marcha das Margaridas.
Sou grato pela oportunidade que tive de prestar pessoalmente minha homenagem a essas bravas batalhadoras, essas mulheres que estão mobilizando a consciência do Brasil na perspectiva da igualdade de direitos e na perspectiva da justiça social.
Falei como representante do Governo Federal e da presidenta Dilma Rousseff, em nome de quem levei mensagem de confiança nessa marcha.
Depois de saudar às milhares de agriculturas e agricultores, fiz questão de destacar alguns nomes que representam a luta pelo “desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, o lema desta quinta marcha.
“… essas mulheres que estão mobilizando
a consciência do Brasil na perspectiva
da igualdade de direitos
e na perspectiva da justiça social.”
Saudação especial ao nosso querido presidente Luis Inácio Lula da Silva, que renovou seu compromisso com a democracia e a luta das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros. Reiterei minha homenagem às mulheres na pessoa desta grande batalhadora e líder Alessandra Lunas, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais, da Contag. E também ao companheiro Alberto Broch, presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), representando os movimentos sociais e sindicais. Por fim, mas não menos importante, à Eleonora Menicucci, secretária de Políticas para Mulheres da Presidência da República, e, por meio dela, estendi meus cumprimentos aos colegas de ministério.
Compromissos
Reafirmei o compromisso histórico do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com as lutas das agriculturas de todo o país. Lembrei que estas trabalhadoras ocupam cada vez mais espaço, justo espaço, nas políticas desenvolvidas pela pasta que ora lidero. Levei a todas a mensagem de solidariedade das companheiras e dos companheiros do MDA, que trabalham com o objetivo determinado por este governo de melhorar a vida das agriculturas do Brasil.
Somadas às políticas públicas voltadas para as mulheres que o MDA se empenha diuturnamente em atender e aprimorar, destaquei dois compromissos, duas lutas estratégicas. E anotem: nós não vamos abdicar delas.
“Estamos convencidos
que ser humano,
trabalhadoras e trabalhadores rurais,
não nasceram para viver na lona.”
O primeiro compromisso nosso é com a luta pela reforma agrária. Nós temos o compromisso de assentar em condições dignas até o final do governo da presidenta Dilma todas as famílias acampadas hoje no território nacional – o cálculo do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra) aponta para quase 130 mil famílias de assentados. Estamos convencidos que ser humano, trabalhadoras e trabalhadores rurais, não nasceram para viver na lona.
E o nosso segundo compromisso é trabalharmos com determinação para que os espaços da agricultura familiar, os assentamentos, os espaços do crédito fundiário, se tornem espaços de vida. Queremos levar para as nossas agricultoras e agricultores familiares as políticas públicas que tornem a vida digna e decente.
“Queremos levar para as nossas
agricultoras e agricultores familiares
as políticas públicas que tornem
a vida digna e decente.”
Novamente, em nome da brava equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário, registro o compromisso de que viemos aqui, acolhendo a convocação da presidenta Dilma, para levarmos adiante a reforma agrária e fazermos dos espaços da agricultura familiar espaços de vida.
Estaremos juntos sempre na caminhada para fazermos do Brasil uma pátria livre, justa e solidária.
Às margaridas, minha reverência.
Brasília, 13 de agosto de 2015