O direito à saúde e ao saneamento básico são os eixos centrais da Campanha da Fraternidade 2016, homenageada nesta segunda-feira (15) em sessão solene no Senado. Com o tema ‘Casa Comum’, a ação tem o objetivo de aprofundar o diálogo e a colaboração entre igreja, Estado e sociedade em relação a questões de saneamento, desenvolvimento, saúde e qualidade de vida.
Durante a celebração, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, ressaltou a importância da terra no contexto da campanha.
“Nos reunimos aqui, hoje, sob a inspiração da casa comum, princípio que nos recoloca a dimensão comunitária e societária da vida. Esta é uma oportunidade para abrir uma discussão sobre a terra, onde funda nossa casa comum, na perspectiva social, ambiental e cultural. A terra é o território da produção de alimentos, da biodiversidade, dos ecossistemas. E temos que cuidar dela, para cumprirmos nosso compromisso com a vida e com as gerações futuras”, pontuou.
A campanha é promovida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs. Este ano, a tarefa é chamar atenção para o fato de o Brasil ainda ter, aproximadamente, 100 milhões de pessoas sem serviços básicos de saneamento como tratamento de esgoto e coleta de lixo.
Sobre o tema da campanha, Dom Sérgio da Rocha, presidente da CNBB, explicou que “a falta de saneamento básico destrói a casa comum, a família comum que habita essa casa, especialmente os mais pobres. A falta de saneamento básico mata”. Em carta, o Papa Francisco lembrou que o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da pobreza e da fome, para a superação dos altos índices de mortalidade infantil e de doenças evitáveis e para a sustentabilidade ambiental.
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