Em 25 de janeiro de 2019, moradores de Brumadinho e
trabalhadores da empresa Vale foram surpreendidos pela avalanche de resíduos da
Barragem B1, rompida por volta de meio-dia. A Vale já sabia do risco de ruptura
pelo menos um ano antes, como denuncia a jornalista e escritora Daniela Arbex,
em recente livro que reconstitui um dos maiores desastres ambiental e social do
Brasil.
E o livro do companheiro de jornadas e lutas, Dom Vicente Ferreira, bispo
auxiliar de BH, “Brumadinho – 25 é todo dia”, também publicado este ano, nos
lembra que o crime que acabou com 272 vidas e com a bacia do rio Paraopeba não
deveria ter acontecido.
Nossa luta é para que crimes semelhantes não ocorram e para a justiça seja
feita. Brumadinho nunca mais! Infelizmente não é esta a realidade de milhares
de mineiros que vivem próximos a barragens de mineração.
Em 25 de fevereiro vence o prazo para o descomissionamento (esvaziar e encerrar
o uso) de 54 barragens localizadas a montante (acima) de povoamentos e cidades
em Minas Gerais, de acordo com definição contida na Lei “Mar de Lama Nunca
Mais”. Desse total, poucas estruturas realmente foram desativadas.
A ameaça permanece!