A bancada ruralista e outros parceiros da indústria de venenos agrícolas pretendem impor ao Brasil uma legislação que os Estados Unidos e países europeus renovaram no século passado e substituíram por restrições aos agrotóxicos.
Esta é uma das denúncias que o deputado Patrus e mais 5 parlamentares do PT apresentam no voto entregue, nesta terça, à Comissão Especial da Câmara que analisa propostas destinadas a favorecer a produção, a venda e a aplicação de agrotóxicos.
A comissão está às vésperas de votar um substitutivo a projeto do senador Blairo Maggi, hoje ministro da Agricultura, já aprovado pelo Senado. A nova proposta é ainda mais favorável à indústria de agrotóxicos do que o projeto original e, portanto, mais ameaçadora à saúde da população e ao meio ambiente.
O voto dos petistas afirma que “os propósitos reais” da proposta “são os de criar permissividade e facilidades ainda mais abusivas para os venenos agrícolas no Brasil, impondo a liberalização do uso dos pesticidas sobre os objetivos da segurança alimentar e nutricional da população, da saúde pública e dos cuidados com o meio ambiente”.
Mais de 10 pontos da proposta são duramente criticados pelos representantes do PT — além de Patrus, os deputados Padre João (MG), João Daniel (SE), Bohn Gass (RS), Nilto Tatto e Paulo Teixeira (SP).
Na tarde passada, representantes de mais de 40 entidades e instituições protestaram na Câmara contra as novas regras defendidas pela bancada ruralista e outros parceiros da indústria do veneno.