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Em tempos áridos, de lutas contínuas, é na cultura brasileira que nós encontramos paisagens mais frondosas de resiliência, movimentos que reabrem nossos horizontes.
Nossa música partilha continuamente esse espírito. Carrego comigo sempre a MPB de Chico, Milton, Bethânia, Caetano, Gil, Ivan Lins e tantos mais, que permanece como um monumento de luta, de reavivar os sonhos e as esperanças diante de desafios. Que não nos afastemos dessa fonte de vigor e alegria para os tempos atuais.
Nas últimas semanas, tive a chance de realizar encontros e reencontros com obras potentes da nossa cultura, que me trouxeram para a escrita desse texto.
Assisti Temporada, de André Novais Oliveira, belo filme que é coisa nossa, aqui de Contagem, e tem Grace Passô, nossa amiga e apoiadora. E nesse fim de semana assisti Fevereiros, o documentário sobre a vida e a espiritualidade de Maria Bethânia, que é um emocionante panorama capaz de falar profundamente sobre o Brasil.
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Janeiro também marcou meu reencontro com Machado de Assis. Foi o momento de reler seus 5 principais romances – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Esaú e Jacó, Quincas Borba, Memorial de Aires e Dom Casmurro. Agora, leio seus 50 melhores contos. São obras que confirmam esse autor profundamente nosso, brasileiro, tão universal nos dramas humanos e no trabalho com as sutilezas.
Ainda se diz que Machado não é político, o que não se confirma relendo suas obras com olhar atento. A questão política está presente ali, todo o tempo, mas sem ser panfletário. As referências políticas são primorosas e essenciais, sutis e muito precisas, revelando e trazendo para reflexão um grande conhecimento da história do Brasil.
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São essas as obras que me proporcionaram, nesse momento, um encontro com forças que lutam por um projeto nacional, por um país justo, altivo e solidário. Faço dessas obras também um convite a todos que compartilham desse mesmo sentimento.