A educação transcende a dimensão
da família
Lamentavelmente a base
bolsonarista da Câmara dos Deputados avança mais uma vez contra o ensino
público, gratuito e laico estabelecido na Constituição Federal, colocando em
risco a integridade e o aprendizado livre e democrático.
Foi aprovado o texto-base do
Projeto de Lei 2401/2019, que regulamenta a educação domiciliar no Brasil.
Trata-se na verdade de um atalho que transforma o ensino em instrumento de
dominação e de alienação, e que transforma a educação em mercadoria, ao alcance
de poucos.
Na CCJ, votei contra esta proposta
perversa, que quebra a dimensão comunitária, o encontro fundamental da educação
com a comunidade, da educação com a política, entendida no melhor sentido, como
sendo a arte do bem comum; que desconsidera a possibilidade da convivência
humana, da nossa dimensão comunitária se estabelecer em bases éticas, o que
requer, desde a infância, desde as creches, que a criança aprenda a conviver
com as diferenças.
Nesta quarta-feira (18), fiquei
impossibilitado de participar da votação, agora exclusivamente presencial, no
plenário da Câmara dos Deputados por ter testado positivo para Covid.
Acompanhei de perto o debate e
minha posição continua a mesma.
O melhor caminho é a Escola onde
todas as visões possam estar presentes e que se unifiquem em torno de um
objetivo maior: que a qualidade do ensino e o conteúdo das disciplinas
assegurem às nossas crianças e aos nossos jovens uma sólida formação que bem
qualifique para o exercício de sua atividade profissional e para darem a sua
contribuição cidadã ao bem comum, ao desenvolvimento e à soberania do Brasil.
Sempre dentro dos parâmetros do Estado Democrático de Direito em que se
inspirou a nossa Constituição Cidadã!