Este ano a data denuncia a
escalada das violações dos direitos dos idosos durante a pandemia. Apesar da
falta de transparência dos dados do governo federal, é possível comprovar a
explosão: em 2018 foram 37,4 mil denúncias de crimes contra idosos; em 2019 chegou
a 48,5 mil denúncias; em 2020 aumentou para 77,18 mil denúncias.
No primeiro semestre de 2022,
período de relaxamento do distanciamento social, houve um registro de 27 mil
denúncias de violência contra a pessoa idosa, enquanto que no mesmo período, em
2021, auge da pandemia no Brasil, o número chegou a 33,6 mil.
A violência psicológica
predomina, seguida da violência financeira, da negligência e da violência
física. Geralmente os maiores agressores são familiares próximos como filhos e
netos e 90% das vezes a violência é praticada dentro da casa da vítima.
Os dados são da Ouvidoria
Nacional de Direitos Humanos (ONDH), o canal oficial de comunicação com o
Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, que já anunciou que
não vai mais publicar o relatório dos casos de denúncias.
A produção e a divulgação de
informações são fundamentais para a construção de qualquer política pública e
para a conscientização sobre o tema e estão inseridas na luta por uma sociedade
que desejamos. Afinal, o envelhecimento chega para todos e de acordo com uma
estimativa do IBGE, os idosos, que hoje representam 14% da população
brasileira, chegarão a 30% em três décadas e urge estamos preparados para
oferecer conforto e bem viver para os mais velhos, o que exige medidas
educativas, planejamento e implementação de políticas públicas específicas.
No presente, o mandato é
favorável ao 14º salário de aposentados e pensionistas. Estamos falando do PL
4367/2020, que cria de forma excepcional, e para os anos de 2020 e 2021 um
abono anual. A proposta está na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania
e vai beneficiar 35 milhões de famílias brasileiras.