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As histórias de violência extrema que marcaram essa semana beiram o inconcebível, o impensável. Com pesar, sabemos que a violência demonstrada nesses casos não estão tão distantes das notícias diárias, das vivências cotidianas por todo o Brasil.

São histórias carregadas de dor, que tendem a nos paralisar diante das descrições e das vidas encerradas de modo torpe. Mas é preciso ir além do desalento e repetir o quanto precisamos de uma cultura de valorização da vida.

A valorização do saber viver junto, do dialogar. A valorização das forças que nos unem e que nos tornam humanos vivendo em conjunto, com respeito a todas as nossas diferenças. O cuidado e o respeito com o outro, acima de tudo e acima de qualquer divergência. O respeito, em sua integridade, como resposta para a vida.

É pela cultura da vida e da dignidade que podemos enfrentar a epidemia dos 60 mil homicídios anuais no Brasil. É pela cultura da vida que podemos enfrentar a violência impensável. Nesse momento, em que é tão difícil encontrar qualquer grau de consolo, é preciso recuar do discurso que prega violência contra violência, armas como solução.

Já bastam as formas de violência que geram as dezenas de milhares de mortes violentas e famílias feridas a cada ano. Precisamos de dignidade, de respeito, de combate àquilo que nos faz menos humanos. Precisamos evitar que mais violência seja a resposta às marcas profundas que a violência destes dias já nos provocou.