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Ontem, 20 de outubro, o Programa Bolsa Família completou dez anos. Uma vitoriosa e fecunda existência. Mudou e melhorou a vida de milhões de brasileiros, sobretudo, das mães pobres.


No dia 23 de janeiro de 2004, três meses após o início do Programa, sob liderança do Presidente Lula, iniciamos a implantação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que assumiu, ao lado de outras importantes políticas públicas sociais, a gestão do Bolsa Família. Estive à frente do Ministério até abril de 2010. Foi uma esplêndida experiência.
O início não foi fácil. Enfrentamos uma duríssima oposição no campo político e de poderosos setores da grande imprensa. Fomos atacados de muitas formas: programa assistencialista; dá o peixe, mas não ensina a pescar; não tem portas de saída; acomoda as pessoas; estimula a preguiça e por aí afora…
Quero prestar uma homenagem aos que garantiram o êxito do Programa. Em primeiro lugar, o Presidente Lula que idealizou e deu total apoio à consolidação das ações do Ministério, foi inteiramente solidário nos momentos difíceis e sempre acreditou no grande alcance social do Bolsa Família e nos programas que com ele se articulam, como o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, os restaurantes populares e as cozinhas comunitárias, o programa de cisternas na região do semi-árido, os CRAS – Centros de Referência de Assistência Social, os programas de inclusão produtiva e capacitação profissional.
Quero homenagear também, com muito respeito, admiração e carinho a esplêndida equipe que montamos no Ministério. Mais uma vez, o meu reconhecimento ao Presidente Lula que me deu total liberdade para fazê-lo. Começamos com pouco mais de quinhentos servidores e em 2010 não passávamos de mil e quinhentos funcionários para administrar, com o maior vigor e competência, um orçamento em torno de cinqüenta bilhões de reais, cuidando e promovendo mais de sessenta milhões de pessoas pobres em todo o território nacional. Todos e cada um, cada uma, dando o melhor de si e irmanados no mesmo compromisso: erradicar a fome, a desnutrição e a miséria no Brasil. A todos eles e, sobretudo, a todas elas – porque é um Ministério onde as mulheres são maioria, – dos que exerciam as funções discretas e silenciosas, mas não menos importantes, à secretaria-executiva, a determinada e leal companheira Márcia Lopes, quero expressar a minha mais profunda e permanente gratidão que, tenho certeza, é de todos os beneficiários dos nossos programas e que se estende aos que os apoiam.
Homenageio essa equipe inesquecível de bravas e bravos em duas pessoas que não mais estão entre nós. Dois inesquecíveis companheiros que a morte colheu em seus postos de trabalho no Ministério. Morreram dando o melhor de si aos pobres do Brasil: o secretário executivo adjunto João Fassarela, que vestiu com toda garra a camisa depois de ter sido excelente deputado federal e prefeito de Governador Valadares; e a titular da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, responsável pela gestão do Programa Bolsa Família, Rosani Cunha, exemplo de servidora pública.
Levo também o meu abraço aos gestores municipais, a todos que não vinculados diretamente ao Ministério deram a sua contribuição ao Bolsa Família e abriram horizontes de esperança para as pessoas, famílias e comunidades pobres do

Brasil.