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Do Portal Minas 247

No início tímido no cargo, o prefeito de Belo Horizonte tomou gosto e passou a falar sobre quase tudo. Com isso, envolve-se em polêmicas e vira personagem frequente nas redes sociais. Os assessores é que não estão gostando nada disso

Minas 247 – Em 2008, quando surgiu na política, indicado candidato a prefeito de Belo Horizonte por dois políticos fortes em Minas (o atual senador Aécio Neves e o atual ministro Fernando Pimentel), Marcio Lacerda (PSDB) parecia satisfeito com o papel de coadjunte do poder na capital.

Mas não. A partir da última campanha eleitoral, passando pela comemoração com a vitória, Lacerda decidiu falar. E como fala…

O problema, para ele, é que quase sempre suas declarações são um tiro no próprio pé. O 247 atestou, junto a gente próxima à Prefeitura de Belo Horizonte, a informação de que, se possível, é bom Lacerda evitar os microfones. Se isso não for possível, a recomendação é que ele evite polêmicas — falando de outra forma, repita clichês.

A última trapalhada do prefeito rendeu dezenas de milhares de compartilhamentos na rede social Facebook. Lacerda alegou, na sexta-feira última (14/12), que a obrigatoriedade de destinar 30% do orçamento municipal para a área da educação, poderia comprometer o caixa da cidade e as obras para a Copa do Mundo. Como há muito não se via desde as eleições, o líder do PSB em BH voltou com isso às redes sociais, ainda que de forma não muito lisonjeira.

Não foi nem a primeira vez. Em plena campanha eleitoral, quando perguntado por um repórter sobre o problema dos ônibus lotado, saiu-se com esta: “O consumidor deveria aguardar um pouco mais no ponto, para evitar o horário do rush”, afirmou.

Também durante a campanha, em vista a restaurante popular recentemente inaugurado por sua gestão, o socialista quis ser convincente, realçando o baixo preço das refeições servidas: “Quarenta reais (por mês) não faz diferença para ninguém”, disse. Os assessores detestaram, mas o estrago já era grande.

Em julho, Lacerda protagonizou outra lambança originada da sua fala. “Em entrevista a uma rádio da capital mineira, chamou o Bolsa Família de “esmolinha”.

Nas últimas enchentes que caíram sobre a cidade, o prefeito reeleito de BH falou talvez sua mais polêmica frase (até pela situação daquele momento, com muita gente lamentando as mortes acidentais). “É, talvez a prefeitura deveria ter sido um pouco babá da população, afirmou.

Esse último episódio recebeu críticas tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa. A vereadora Neusinha Santos (PT, não reeleita) se disse “estarrecida” com as declarações. “O povo de Belo Horizonte não é menino que precisa de babá”, afirmou. Na Assembleia, deputados da oposição ironizaram o prefeito levando uniformes de babá para a Casa.