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O mandato levanta mais uma vez a bandeira da Luta Antimanicomial e se une aos trabalhadores da saúde que se manifestaram na tarde desta quarta-feira (25.08) na Câmara Municipal de Belo Horizonte em defesa da existência dos Centros de Referência em Saúde Mental (Cersam).

A Reforma Psiquiátrica Mineira e de Belo Horizonte levaram décadas para se consolidar e é um marco no atendimento mais humanizado e digno de pessoas com transtornos mentais. Derrubou os muros dos hospitais psiquiátricos e promoveu a implantação de uma política pública em saúde mental articulada com a política de assistência social e dentro das diretrizes do Sistema Único de Saúde, com o claro objetivo de manter os laços sociais e afetivos de pacientes e sua reinserção na sociedade e no mundo do trabalho.

Quando prefeito de BH, na década de 1990, Patrus Ananias estabeleceu diálogo com diversos movimentos sociais e acolheu a proposta de transposição do tratamento estritamente hospitalar para o tratamento na comunidade mediante a criação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico.

Agora, o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais ameaça uma conquista histórica no atendimento em saúde mental ao pedir a interdição dos Cersams.

Repudiamos a interdição, acreditamos que possíveis falhas e dificuldades no atendimento e no exercício profissional no campo da saúde mental devem ser resolvidas com mais investimentos públicos e nos colocamos em defesa da Rede Mineira de Serviços Substitutivos, composta pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil, a Rede de Atenção Psicossocial, as Unidades Básicas de Saúde, além dos Cersams.