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Patrus Ananias

Retomei, neste 17 de maio de 2016, as minhas atividades na Câmara dos Deputados.
Fui indicado pela liderança do Partido dos Trabalhadores para compor a Comissão de Constituição e Justiça. E hoje mesmo votamos um projeto muito importante. É um projeto do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) que propunha a expropriação das terras onde houvesse milícias armadas para defender as grandes propriedades, o latifúndio. Essa é uma discussão importante no Brasil. A direita vem dizendo que os militantes e lideranças dos movimentos sociais – especialmente o MST, mas também o Movimento dos Pequenos Agricultores e lideranças da Contag, da Fetraf e de outras entidades ligadas à luta pela terra, pela reforma agrária democrática, dentro dos termos da Constituição e das leis – são assassinos. O que estamos vendo é exatamente o contrário. São os militantes e acampados os que estão sendo assassinados. As pessoas que lutam pelo acesso democrático à terra é que são as vítimas de assassinatos.
Infelizmente, perdemos a votação. (detalhes da sessão em “Rejeitada expropriação de terras onde há milícia armada”)
Mas estamos retomando as atividades na Câmara com muita determinação, com muita clareza sobre os desafios que enfrentamos e com a certeza de que venceremos mais uma vez.
Vamos derrotar os golpistas.
A nossa resistência, a nossa oposição a esse governo usurpador tem dois motivos. Um deles é sua origem ilegítima, uma evidente fraude praticada contra a Constituição da República e outras normas jurídicas que compõem o Estado Democrático de Direito. O outro motivo é que está claro pelos conteúdos, pelas ações iniciais e pelas pessoas que estão no governo, que esse é um governo do passado, um governo retrógrado, de direita. É um governo que vem sinalizando que quer quebrar todas as conquistas que nós tivemos no Brasil nos últimos anos. Está emitindo sinais claros, por exemplo, de redução dos recursos para a Saúde, redução do SUS, do Mais Médicos, do Bolsa Família e de outros programas sociais, sem falar do desmonte do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Cultura.
São caminhos que se abrem na resistência a esse governo que vem se manifestando como um governo a serviços de interesses que não são os interesses da grande maioria do povo brasileiro.