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Mais de 300 pessoas participaram do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, na quinta-feira, dia 12 de dezembro, em Belo Horizonte. A capital mineira foi o décimo município a acolher a iniciativa do deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), secretário-geral da Frente.

O parlamentar falou sobre a alegria de rever antigos companheiros de luta e explicou as razões pelas quais está empenhado em fazer da Frente um espaço de mobilização, debate e reflexão com a sociedade brasileira. “Nós constituímos a Frente para lutar contra a submissão explícita do atual governo aos interesses dos Estados Unidos; a privatização de empresas estratégicas ao projeto nacional; a internacionalização do patrimônio estatal; a venda sem limites das terras brasileiras; e a desconstrução dos direitos sociais”, afirmou Patrus Ananias.

Assim como já ocorreu nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Rio de Janeiro(neste último o lançamento também aconteceu no dia 12), é instituído um coordenador estadual. Em Minas este papel coube à deputada federal Áurea Carolina (PSOL-MG).

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“Vamos, a partir da organização popular, promover a defesa da soberania. As medidas estão sendo impostas com violência. Tomaram o Estado de assalto e estão destruindo a democracia. Em paralelo ao enxugamento do Estado, estão ampliando o Estado Penal, criminalizando a cultura negra e perseguindo lideranças indígenas. O capital internacional está colonizando as políticas públicas”, analisou a deputada.

Áurea Carolina citou a emergência de movimentos resistentes do Chile ao Equador e acredita que também no Brasil a luta popular deva ser fortalecida. “Vamos investir na confluência de instituições, coletivos, redes e movimentos. Soberania é a capacidade de um povo de construir decisões democráticas, de construir o próprio caminho”. 

Frente da diversidade e da pluralidade

A diversidade de representações de partidos, movimentos, sindicatos, culturas, e etnias foi observada pelo representante da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,o deputado estadual André Quintão. “Esta é uma boa noite para sonhar: o aniversário de Belo Horizonte, uma cidade que nasceu insubmissa e libertária, capital da paz, da tolerância e da resistência. Sonhos não envelhecem. A diversidade de pessoas aqui presentes demonstra a importância de resistir aos ataques do governo federal”.

“É um processo de construção que se inicia. A elite brasileira não respeita nem o presente, nem o futuro, não respeita o povo brasileiro”, disparou o representante da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gilson Reis (PCdoB-MG).

Além de parlamentares e representantes do PT, PSOL, PCdoB eUP, o lançamento contou com a presença de lideranças sindicais, indígenas e negras; e representantes da Juventude e do movimento LGBTQI+. Célia Xacriabá comparou o atual presidente ao exterminador do futuro. “Os indígenas representam 5% da humanidade, mas são responsáveis pela preservação de 82% da biodiversidade. Desde o dia 1º de janeiro, 138 lideranças indígenas forma mortas. Fomos eleitos o inimigo número um deste governo, mas não somos perigo para o capitalismo, nós é que estamos em perigo”, denunciou.

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Para a Rainha Belinha, do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte (Compir), a luta começou há muito tempo. “Desde o tempo da minha avó, em 1930, a luta é a mesma. Procuro colocar meus pés nas pegadas dela e acredito que nossos jovens têm que aprender a ser os guerreiros de amanhã. Mesmo em silêncio, temos que nos fortalecer, pois a luta é certa”.

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Os jovens, presença marcante no evento, foram representados pelo presidente da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, Ramon de Almeida. “Não há como ter soberania sem investimos na educação, especialmente na ciência e na tecnologia”. O estudante lamentou a desconstrução da Fundação Mineira de Amparo à Pesquisa (Fapemig) pelo governo estadual.

Lideranças sindicais (Sindieletro, Sindágua, Sind-Saude, Sintect, Sindipetro, Sindicato dos Bancários) denunciaram os ataques ao patrimônio público, o sucateamento de estruturas e instalações para preparar a privatização de instituições como o Banco do Brasil, que desempenhou um papel estratégico para o desenvolvimento da agricultura familiar; da CEF, que entre outras funções assegurou moradia para milhões de brasileiros; os Correios, que exercem importante papel de integração, especialmente no interior do Brasil continental; o sucateamento de plataformas e refinarias e a extinção de postos de atendimento no interior de empresas como a Copasa. “A privatização significa morte. Vejam Mariana e Brumadinho”, resumiu Léo Péricles, presidente do mais novo partido brasileiro, a Unidade Popular.

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A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional foi lançada em Brasília em 4 de setembro, com o apoio de 269 parlamentares, e já percorreu estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.  A Iniciativaé do deputado federal Patrus Ananias, tem na presidência a senadora Zenaide Mais (PROS-RN) e como presidente de honra o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR).